Mulheres do empreendedorismo materno lucraram mais na pandemia
Quem decide empreender no Brasil sabe que não é uma tarefa fácil e muito menos de rápido retorno, dependendo do tipo de negócio. No entanto, durante a pandemia, o empreendedorismo materno se fortaleceu. E o resultado foi que mães empreendedoras lucraram mais neste período.
Apesar da fase de distanciamento social e protocolos de segurança, muitas mães tiveram a oportunidade de reinventar suas carreiras profissionais.
Empreendedorismo materno na pandemia
Com base nessas informações, a sócia da loja Cata Sonhos Infanto, Luciana Dias, ainda tem a memória fresca sobre as dificuldades que enfrentou no início da pandemia. Ela recorda que teve de fechar as portas da loja física durante três meses. Porém, para sobreviver, ela levou seus produtos para casa e apostou na internet. Sua estratégia não só funcionou como suas vendas aumentaram de tal modo que teve de contratar mais dois entregadores para dar conta da alta demanda de pedidos. Hoje, a loja física está em funcionamento, seguindo todas as normas de segurança:
“No auge da pandemia, foram os meses que mais faturamos esse ano, como as pessoas estavam ficando mais tempo em casa, a venda de pijamas aumentou. Conseguimos conquistar muitos clientes novos.”
MEIs
Sendo assim, neste período, os microempreendedores individuais (MEIs) receberam apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Portanto, as mamães que decidiram empreender na pandemia também puderam se beneficiar desta iniciativa, que orienta sobre a oferta de capitalização, a fim de suprir pendências financeiras por meio do crédito emergencial.
Empreendedorismo materno – abrir o próprio negócio
Tanto o empreendedorismo materno quanto outras pessoas puderam ter a chance de aprovação de até R$ 7 mil por proposta, com juros de 6% a 8% ao mês, além de carência de três meses com suporte da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam).
Sobre isso, Ricardo Sampaio, analista técnico da unidade e relacionamento Sebrae, afirma que foram oferecidas capacitações e consultorias online gratuitas. Tais ações foram realizadas de modo coletivo com o intuito de impedir o fechamento das empresas e ainda dar suporte a nova realidade.
“Nesse período tivemos várias dicas, instruções e consultorias, de como proceder para se favorecer de benefícios concedidos pelo poder público, de renegociação de dívidas, parcelamento de taxas e impostos, orientação direcionada, consultorias financeiras, contábeis, de marketing e marketing digital para atendimento personalizado.”
Pequena fábrica em casa
Além da mamãe empreendedora Luciana Dias, a microempresária Tatyane Lopes, proprietária da Empadas com Amor, também enveredou pelo empreendedorismo materno. Prova disso é que ela abriu sua pequena fábrica dentro casa. Todavia, a iniciativa veio como uma maneira de ganhar uma renda extra e ainda ficar perto de seus filhos. Assim como outras mães, Tatyane foi pega de surpresa com o anúncio de quarentena por conta da Covid-19.
Entretanto, embora a crise sanitária mundial tenha prejudicado muitas pessoas, este foi o período em que ela mais lucrou neste ano. A microempresária investiu em padronização, etiquetas e mimos para os clientes como um diferencial para o seu trabalho, além de novos produtos.
“Nos últimos meses, vi a necessidade e a importância da divulgação dos produtos, principalmente por meio do Instagram. A publicidade dos meus produtos fez com que eu ganhasse ainda mais clientes por toda a cidade.”
Sebrae 2021
A fim de inovar ainda mais em 2021, o Sebrae já tem como projeto realizar mais ações para atender o empreendedorismo feminino, que inclui o materno. Portanto, eles voltarão sua atenção especialmente para negócios e microempresas com geração de renda de até R$ 5 mil de natureza informal. Isso inclui ambulantes, artesãs e vendas domésticas.
*Foto: Divulgação