Casos de sífilis entre gestantes teve a maioria de seus diagnósticos registrados nos meses finais da gravidez
Semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro divulgou um levantamento, realizado pela Gerência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O conteúdo dizia que em 2020 foram notificados 12.884 casos de sífilis em gestantes, sendo a maioria de jovens, entre 20 e 29 anos de idade, com ensino fundamental incompleto. Além disso, a maior parte dos diagnósticos foi registrado nos meses finais de gestação.
Casos de sífilis entre gestantes
No total, o estado registrou 14.208 casos da doença. Segundo a pesquisa, a maioria dos infectados tinha de 20 a 29 anos de idade, e mais da metade do sexo masculino, com ensino médio completo.
Quais são os riscos para as grávidas?
A sífilis é uma infecção sistêmica, de evolução crônica, provocada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida via relação sexual, sem preservativo, com pessoa infectada. Mas no caso das gestantes, elas podem transmitir a doenças ao bebê por via transplacentária (transmissão vertical) ou durante o parto vaginal, se a mãe apresentar alguma lesão sifilítica. Entretanto, a sífilis é uma doença exclusiva do ser humano e curável. Vale ressaltar que o teste rápido para sífilis é oferecido pelo SUS.
Dados da OMS
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a sífilis afeta 1 milhão de gestantes por ano em todo o mundo. O índice leva a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais, colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças.
Atualmente, estima-se que aproximadamente 25% das gestantes infectadas apresentem como desfecho morte fetal ou aborto espontâneo. E que 25% dos recém-nascidos apresentem baixo peso ao nascer ou infecção grave.
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