Depressão pós-parto em homens ocorre de forma variável, já que o diagnóstico da doença é difícil
De acordo com um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em cada quatro mulheres, mais de uma apresenta sintomas de depressão no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê. Entretanto, existe a depressão pós-parto em homens também, que explicaremos a seguir.
Depressão pós-parto em homens
A Depressão pós-parto em homens surge por motivos emocionais variados. Segundo as estatísticas em relação ao número de homens que possui o problema é bastante variável, já que o diagnóstico da doença é difícil. Além disso, os homens são mais resistentes em procurar um médico. E a depressão para eles dificilmente é associada ao fato de terem sido pais.
The Journal of American Medical Association
Segundo uma pesquisa publicada no The Journal of American Medical Association, em 2010, a DPP masculina acomete 10,4% dos pais. E seu ápice ocorre entre terceiro e sexto mês do pós-parto. Neste período sua ocorrência sobe para 25%.
Sintomas
No caso da depressão materna há a tristeza, apatia, insônia ou excesso de sono, mudanças no apetite, sentimento de culpa, dificuldade de concentração, ansiedade, entre outros fatores. Já entre as causas fisiológicas mais comuns do quadro depressivo são as alterações hormonais bruscas ou casos apenas emocionais. E pode ter ou não rejeição ao bebê.
Psicose pós-parto
Quando a doença avança ela pode virar uma psicose pós-parto, condição que ocorre mais em mulheres com distúrbio bipolar. Geralmente, esses sintomas aparecem durante as três primeiras semanas do puerpério. Isso inclui uma desconexão com os familiares e o bebê, confusão mental, mudanças de humor drásticas, alucinações e desejo de fazer mal a outras pessoas, a si mesma e ao bebê.
Baby Blues
É um sentimento melancólico no período pós-parto, que pode durar poucas semanas. Diferente da depressão pós-parto, não é necessário medicação ou tratamento. Isso porque trata-se de um desequilíbrio hormonal momentâneo, que o próprio organismo feminino conseguirá solucionar.
Mas se o quadro evolui é preciso que a mulher passe em consulta com seu obstetra, que poderá encaminhá-la ao psiquiatra e psicólogo. Estes profissionais determinarão se haverá uso de medicamentos e terapia.
Vale ressaltar que a depressão pós-parto é motivado por problemas que a mulher já carregava. Isso inclui medos na gestação, como o abandono, violência doméstica, problemas financeiros, desemprego, dentre outros. Além de dificuldades de relacionamento, quadros depressivos que vem antes da gestação ou morte de um parente. Todos eles devem ser investigados.
Além disso, o suporte familiar é imprescindível, pois a mulher é muito julgada e dificilmente consegue dar conta desses sentimentos sozinha. Portanto contar com uma boa rede de apoio será mais fácil enfrentar esse difícil problema.
Depressão antes do parto
Por outro lado, muitas mulheres possuem quadros depressivos que vêm antes da gravidez. Mesmo que forem leves, é importante relatá-los ao obstetra.
Quanto mais aberta e de confiança for esta relação entre gestante e o médico, mais cedo ela pode obter ajuda e enfrentar o problema.
*Foto: Divulgação/Depositphotos