Culpa materna pode levar à depressão pós-parto, uma vez que afeta a saúde mental; ansiedade e falta de suporte contribuem para esta condição
Mais um Setembro Amarelo acaba de começar, trazndo novamente o debate sobre a coscientização de quando é preciso procurar ajuda. No caso das mães, é preciso identificar quando muito cansaço, ansiedade e dores frequetes podem desencadear problemas de saúde mental, como a depressão pós-parto e o burnout materno. Na maioria das vezes, elas carregam o peso da culpa materna em silêncio, que é alimentada por expectativas sociais e pressões internas.
Ainda há muita falta de informação, o que gera mais receio e insegurança nas mães. Portanto, as campanhas do Setembro Amarelo são fundamentais, pois previne também o suicídio.
O que é e como ocorre a culpa materna?
A culpa materna é um sentimento que surge em razão do peso da sociedade como um todo em cima das mães, além de problemas dentro de casa, aliados à realidade da maternidade. Muitas mães se sentem culpadas por não conseguirem atender a todas as expectativas e demandas que a sociedade e que elas mesmas impõem.
Evoluindo para uma depressão pós-parto
Quando a condição não é tratada, pode evoluir para quadros de depressão pós-parto. E os riscos aumentam por conta da sobrecarga emocional, falta de suporte e idealização da maternidade, principalmente no período do puerpério.
Ajuda profissional
Em caso de a mãe sentir tristeza de forma constante, falta de energia, dificuldade de conexão com o bebê, ou pensamentos negativos, é importante procurar ajuda. Val destacar que a depressão pós-parto pode surgir até um ano após o parto, e o acompanhamento psicológico é vital para o bem-estar da mãe e do bebê.
Psicologia perinatal
A psicologia perinatal oferece suporte especializado a gestantes e puérperas. O tratamento é feito por meio de sessões individuais, em grupo ou familiares, que ajudam a mãe a lidar com os desafios emocionais da maternidade e a prevenir problemas mais graves.
Cansaço
Todas as mães se sentem cansadas ou frustradas em algum momento. Mas, o importante é saber que isso não te faz uma péssima mãe. Portanto, aceitar e conversar sobre esses sentimentos ajuda muito.
Peso da sociedade
Todavia, a sociedade contribui para este estado de depressão materna do momento que deposita grandes expectativas nas costas delas. Essa pressão cultural pode fazer com que muitas mulheres se sintam culpadas por quererem trabalhar ou por outras escolhas pessoais. Reconhecer e questionar essas expectativas são um passo importante para se sentir melhor.
Dicas para lidar com a culpa materna e a depressão pós-parto:
Ser gentil consigo mesma
Quando a mãe entende que está tudo bem em não ser perfeita, uma vez que mães perfeitas não existem, elas conseguem cuidar melhor de seus filhos e não se cobram tanto. É preciso ter em mente que há mães possíveis ou suficientemente boas.
Autocuidado
Reserve um tempo para cuidar da sua mente e do seu corpo.
Converse com seu obstetra
Peça indicações de psicólogos perinatais e se informe sobre a nova Lei 14.721, que garante suporte psicológico gratuito pelo SUS.
Grupos de apoio
Compartilhar experiências com outras mães ajuda a diminuir o sentimento de culpa e fortalece o suporte emocional.
Ajuda profissional
Por fim, busque ajuda quando for preciso. Ou seja, quando a culpa e a tristeza persistirem, busque apoio de um profissional de saúde mental para ajudar a evitar a evolução para depressão pós-parto.
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