TDAH possui cura? Essa e outras questões serão abordadas neste artigo
Cada vez mais falado quando o assunto é desenvolvimento infantil, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) afeta os neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pela troca de informações entre os neurônios. Neste artigo, você vai saber de que forma o TDAH afeta as crianças, assim como mitos e verdades acerca da doença crônica.
Crianças com TDAH
As crianças com TDAH são mais desatentas, mais hiperativas, além da dificuldade de concentração.
A doença atinge aproximadamente 6% das crianças e adolescentes em todo o mundo. E aí vem a pergunta: TDAH tem cura? Os medicamentos provocam dependência? Há um exame específico para fechar o diagnóstico?
A seguir, confira as respostas para essas e outras perguntas, separadas por mitos e verdades, segundo o mestre em Psicologia Experimental e diretor do Núcleo JOY, Gabriel Portella.
1 – O TDAH é genético?
Verdade. Estudos dizem que há fatores genéticos, o que desempenha um papel expressivo no desenvolvimento do transtorno. Porém, o ambiente em que a criança ou o adolescente vivem também pode influenciar.
2 – Existe um exame específico para detectar crianças com TDAH?
Mito. Não há um exame laboratorial específico. O diagnóstico é clínico, baseado na observação do comportamento e nas informações fornecidas por pais, professores e, em alguns casos, testes psicométricos.
3 – O tratamento em crianças com TDAH ocorre apenas por meio de remédios?
Mito. A partir de uma abordagem que inclui alguns fatores é possível tratar a doença. Ou seja, vai além de remédioa, terapias comportamentais, educacionais e suporte psicológico.
4 – Medicamento para crianças com TDAH causam dependência?
Mito. Os medicamentos usados sob supervisão médica adequada não provocam dependência, de modo geral, são considerados seguros e eficazes.
5 – Caso a doença crônica não tenha sido tratada durante a infância, o TDAH pode trazer prejuízos ao desenvolvimento da criança?
Verdade. O TDAH não tratado na infância pode resultar em dificuldades acadêmicas, sociais e emocionais, afetando o desenvolvimento global da criança.
6 – Pessoas com o transtorno são mais ou menos inteligentes que as outras?
Mito. Não há evidências de um nível de inteligência maior ou menor em se tratando de pessoas com TDAH. São aspectos distintos.
7 – O TDAH pode vir associado a outros transtornos?
Verdade. Muitas vezes, ele coexiste com outros transtornos, como os de ansiedade, depressão ou distúrbios de aprendizado.
8 – Pode haver diagnóstico errado de TDAH?
Verdade. Outros problemas como, por exemplo, uma criança cansada, com sono, associada a uma rotina de muitas atividades, até mesmo extracurriculares podem gerar sintomas semelhantes ao TDAH, tornando necessário avaliar cuidadosamente diferentes aspectos da vida da criança.
9 – O tratamento ocorre durante toda a vida do indivíduo?
Parcialmente verdade. Não há cura definitiva para o TDAH. Entretanto, o tratamento eficaz pode gerenciar sintomas. Mas vale destacar que algumas pessoas precisam de suporte ao longo da vida, enquanto outras podem notar uma redução dos sintomas com o tempo.
10 – O TDAH pode surgir apenas na vida adulta?
Verdade. Apesar da doença, geralmente ser identificada na infância, pode persistir na vida adulta, ou até se manifestar pela primeira vez apenas nessa fase.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-triste-menina-cobertura-dela-orelhas-com-duas-maos_3724962.htm#fromView=search&page=1&position=13&uuid=fe11ac27-8abe-47ed-bfa6-b54ad2f54105