Lidar com a gestação em tempos de pandemia de Covid-19, colecionou muitos relatos ao longo desse quase um ano de crise sanitária mundial. Muitas delas se transformaram em histórias curiosas, contadas pelas próprias mães. Neste artigo, você conhecerá um relato aflito e, ao mesmo tempo, emocionante de uma mãe.
Como lidar com a gestação em tempos de pandemia
Desde o meio de março de 2020, quando foi instituído no Brasil o estado de calamidade pública em razão do coronavírus até o presente momento, mais de 2,3 milhões de crianças nasceram no país. A Covid-19 impactou no modo de como as mulheres estão lidando com a gravidez. Isso porque a doença traz uma série de dúvidas, inseguranças e requer novos cuidados constantes. Um exemplo disso é que as tradições que antecedem o nascimento, como o chá de bebê ou o chá de fraldas, tiveram de ser cancelados ou reinventados de maneira virtual, por meio de videoconferências entre familiares e amigos.
Relato emocionante
Entre os relatos deste quase um ano de pandemia no país, a doula e psicóloga Thais Escudeiro Scicchitano engravidou durante o período de quarentena. Além de todas as alterações que o isolamento social trouxe neste momento, ela ainda testou positivo para a Covid-19 no final de sua gestação.
Sobre esta situação delicada, Thais declarou ao portal G1:
“Fizeram a tomografia e aí veio a surpresa: eu estava de 25 a 50% do pulmão tomado. E aí, é direto UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Já começaram com todos os cuidados, me colocaram na cama – ‘Você não levanta mais. Nós vamos aumentar o oxigênio. Vamos fazer ultrassom para ver como está a sua bebê porque acho que ela vai ter que nascer hoje’ – Nessa hora, passou [pela minha cabeça]: Salva a minha filha.”
Ela complementa que somente após 15 dias na UTI e inconsciente é que ela pode conhecer a filha Isabela.
Protocolos de segurança
Em razão dos protocolos de segurança em hospitais e maternidades, vários critérios foram modificados. Sendo assim, as tradicionais visitas de parentes e amigos, por exemplo, estão proibidas. Além disso, durante todo o período de internação, a paciente só pode receber um acompanhante.
De acordo com Lisandra Stein Bernardes, coordenadora de obstetrícia do Hospital Sepaco:
“Todo o fluxo da maternidade foi duplicado. Então, atualmente, a gente tem um pronto-socorro específico para gestantes que vêm com quadros relacionados à maternidade, trabalho de parto, e as queixas normais durante o processo de gestação daquelas gestantes que vêm com quadros respiratórios.”
*Foto: Divulgação