Quando diagnosticada no início, a gravidez ectópica pode ser tratada com medicamentos
Ter cuidado com a saúde é essencial e ainda mais no caso de uma mulher que queira engravidar. No artigo de hoje vamos falar da gravidez ectópica, considerada uma condição difícil e de emergência médica. Porém, quando diagnosticada no início ela pode ser tratada com medicamentos.
O que é gravidez ectópica?
Chamamos de gravidez ectópica a gestação que começa fora do útero. Ou seja, quando o embrião implanta e começa a se desenvolver fora da cavidade uterina.
Todavia, esta condição não ocorre com frequência. Menos de 1% das mulheres passa por isso. Seus sintomas costumam ser percebidos entre a sexta e a oitava semana de gestação. Porém, eles são similares aos sintomas de uma gestação comum. Isso engloba: mal-estar, náuseas e irregularidade menstrual, por exemplo.
Principais causas
Entre as principais causas da gravidez ectópica podemos citar: anormalidades, inflamações ou infecções nas trompas, que fazem com que o embrião tenha dificuldade de percorrer o caminho até o útero.
Apesar de toda mulher correr o risco de ter esse problema, alguns fatores podem colaborar para a gestação ectópica. Entre eles:
- Ter feito alguma cirurgia ou possuir alguma deformidade na estrutura das tubas uterinas;
- Ter doenças inflamatórias pélvicas ou endometriose;
- Ser fumante;
- Ter doenças sexualmente transmissíveis;
- Uso inadequado do DIU.
Como ter o diagnóstico?
O diagnóstico da gravidez ectópica costuma ser feito quando a paciente percebe algo fora do comum. Isso inclui: cãibras ou dores na barriga e na região pélvica, sensação de desmaio, sangramento vaginal ou tonturas e vertigens.
Geralmente, é pedida uma ultrassonografia transvaginal para investigar o caso, além de exames laboratoriais e dosagens do hormônio betaHCG (que costuma estar em um nível menor do que o normal).
Tratamento da gravidez ectópica
Se for constatada a gravidez ectópica, a gestante pode iniciar o tratamento imediatamente, a fim de evitar a ruptura do tecido e hemorragias.
O tratamento pode ser realizado com medicamentos ou com uma cirurgia, dependendo de quando a gravidez foi detectada e do estado de saúde da gestante.
Medicamento
No caso de medicamento, ele é usado quando os níveis de beta-hCG da grávida são baixos e o embrião não tem atividade cardíaca. Sendo assim, é utilizado o remédio metotraxato. E se o saco gestacional não regredir, o próximo passo é uma cirurgia por via laparoscópica ou cirurgia aberta (como numa cesárea). Este procedimento já é considerado de urgência.
Situação de emergência em uma gravidez ectópica
Além disso, quando acontece uma ruptura dos tecidos e sangramento para dentro da cavidade abdominal, a situação é considerada de emergência. Ou seja, com risco de vida e necessidade de resolução imediata.
Vale reforçar que aqui os sintomas já são mais agudos, como: dor pélvica intensa e possibilidade de perda da consciência. A cirurgia imediata é necessária para parar o sangramento.
Consultas periódicas
Portanto, para que um caso de gravidez ectópica seja diagnosticado precocemente, é de extrema importância que a gestante vá regularmente às consultas médicas.
Além disso, conhecer o funcionamento do próprio corpo e entender as várias mudanças que acontecem são fundamentais. Isso faz com que um diagnóstico de algo errado seja feito precocemente. Isso pode ser feito por meio de exames hCG e a ultrassonografia transvaginal.
*Foto: Divulgação