Caderneta da Gestante passou por nova versão com atualizações técnicas que consideram as diretrizes de segurança, qualidade e humanização da nova Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami)
Toa mulher possui os seguintes direitos: atenção segura, qualificada e humanizada durante a gravidez, bem como o parto e o puerpério, ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Sendo assim, o Ministério da Saúde apresentou na semana passada, em Brasília, a 6ª edição da Caderneta da Gestante. A iniciativa integra as ações desenvolvidas pela pasta para o aprimoramento da assistência materna e infantil no Sistema Único de Saúde (SUS).
Caderneta da Gestante – atualizações
De acordo com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara:
“Reestruturamos o modelo de rede de atenção materno-infantil brasileira para adequar a política e trazer mais segurança para esse público. Com a criação da Rami, praticamente dobramos o orçamento e fortalecemos as ações de cuidado. Além disso, passamos a financiar o pré-natal de alto risco, auxiliando na condução dos casos mais complexos. O Ministério já fez e vai fazer muito mais para que continuemos cuidando das mães brasileiras como elas merecem.”
Distribuição
Pela iniciativa serão produzidas mais de 3 milhões de exemplares da Caderneta da Gestante, e distribuídas aos 26 estados e Distrito Federal neste ano. Além disso, a responsabilidade pelo envio do material às cidades será das Secretarias Estaduais de Saúde. Elas entretagarão os exemplares aos serviços da Atenção Primária à Saúde para disponibilização às gestantes. O valor do investimento nessa ação é de aproximadamente R$ 5,7 milhões.
Importância da caderneta
Vale destacar que a Caderneta da Gestante é um importante instrumento de acompanhamento da gestação, parto e pós-parto para qualificar a atenção e o cuidado pré-natal. Também é um instrumento interativo, com espaços para a grávida registrar impressões sobre o momento que está vivendo, assim como ajudar a esclarecer as dúvidas mais frequentes.
O documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de apoiar o profissional de saúde no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde.
6ª Edição – o que muda na Caderneta da Gestante
A nova edição da caderneta passou por atualizações de conteúdo técnico que consideram as diretrizes de segurança, qualidade e humanização da Rede de Atenção Materna e Infantil, além de contar com diagramação mais moderna.
Mas, também foram atualizadas as curvas de acompanhamento do ganho ponderal de gestantes, e readequados os espaços de preenchimento dos dados de exames e vacinas, de acordo com a solicitação das equipes de saúde. Além disso, o Pré-natal do Pai/Parceiro ganhou destaque nesta 6ª edição, de modo a fortalecer as ações de paternidade e cuidado no SUS, e ainda contribuir para a expansão e melhoria do acesso e acolhimento dos homens nos serviços de saúde.
Alimentação
O material contém informações sobre os 10 passos para a alimentação saudável na gestação e orientações sobre saúde bucal e registro de consulta do pré-natal odontológico, e informações atualizadas sobre trabalho de parto, parto e nascimento. As futuras mamães e seus parceiros (as) passam a receber informações sobre o registro civil da criança e da importância da consulta puerperal (1º semana após o parto).
Atenção Materna e Infantil
O Ministério da Saúde está em fase de reestruturação do modelo de rede de atenção materno-infantil brasileira para aprimorar a integralidade da asistência e o combate à mortalidade materna e na infância. No mês passado, a pasta lançou a Rami e adicionou R$ 624 milhões ao financiamento atual de R$ 977 milhões. A ação fortalecerá as estruturas já existentes e a criação de novos componentes fundamentais.
A reestruturação da rede busca fortalecer desde a Atenção Primária à Atenção Hospitalar, além de alocar novos recursos para os componentes de maternidades de baixo risco (MAB I,II e III), ambulatórios para assistência à gestação de alto risco e ambulatório de seguimento de recém-nascidos e crianças egressas da unidade neonatal, e ainda abre a possibilidade de novas habilitações de Casas da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP). Antes elas eram vinculadas apenas aos leitos GAR, e hoje podem estar vinculadas ao MAB II e III.
Por fim, a proposta de expansão da Rede de Atenção Materna e Infantil está em consonância com o compromisso assumido pelo Brasil e 192 países na redução das mortalidades materna e infantil na Agenda Global 2030, sob coordenação das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A meta é ter igual ou menos de 30 mortes de gestantes por 100 mil nascidos vivos.
*Foto: Reprodução/Site Ministério da Saúde