Assisted Hatching é o procedimento feito de forma artificial em laboratório
Para que ocorra a implantação do embrião no útero materno, é necessário que haja a ruptura da uma capa que reveste o embrião, chamada de zona pelúcida. Para quem não sabe, o termo Hatching é utilizado para esta ruptura, que pode acontecer de modo natural ou de formaartificial. Neste caso, assistida durante os tratamentos de Fertilização in vitro (FIV). Porém, quando é realizada de forma artificial em laboratório é denominado Assisted Hatching.
Assisted Hatching
Vale destacar que, infelizmente, nem sempre a transferência de embriões para o útero da mulher gera uma gravidez durante os tratamentos de FIV. E uma das possíveis causas seria o fato de o embrião não conseguir romper esta zona espontaneamente. Com isso, surgiu a teoria de que o Assisted Hatching poderia melhorar os resultados dos tratamentos de FIV, facilitando o processo de implantação embrionária.
Avaliação
Todavia, todo procedimento a ser feito dentro do laboratório de FIV deve ser avaliado em relação a seus potenciais benefícios e riscos para serem realizados. Sendo assim, estudos pontuam quais seriam as reais indicações da realização de determinada técnica. E isso não é diferente do Assisted Hatching, onde ele pode elevar as taxas de implantação embrionária em determinados perfis de pacientes.
Atualmente, o Hatching parece apresentar benefícios nas seguintes situações:
- Idade materna elevada;
- Embriões com zona pelúcida espessa;
- Falhas repetidas de implantação em ciclos anteriores de Fertilização in vitro;
- Alguns ciclos de descongelamento embrionário;
- Ciclos com realização de embrionária.
A escolha
Além disso, a escolha pelo Assisted-Hatching pode ser previamente decidida pelo profissional especializado em reprodução humana em razão de um dos fatores apresentados acima, ou caso a equipe de embriologistas identifique uma zona pelúcida espessa no embrião antes da transferência, indicando a realização do procedimento para aumentar as chances de sucesso do tratamento.
Técnicas
Em 1991, surgou a descirção da primeira técnica de hatching. Portanto, a evidência demonstra que estudos sobre o tema são relativamente recentes. Contudo, ao longo destes 32 anos de estudo sobre o tema, três técnicas foram desenvolvidas para realização do hatching. A seguir, conheça cada uma delas.
Método mecânico
O método mecânico ou dissecção parcial da zona (PZD) foi o primeiro a ser desenvolvido e consiste na abertura de um pequeno orifício feito mecanicamente com o auxílio de uma micro agulha. Entretanto, o tamanho adequado do furo na zona pelúcida é uma das principais dificuldades dessa técnica.
Método químico
A segunda técnica consiste no uso de ácido acético de Tyrode.
Método a laser
Por fim, o método a laser é o mais utilizado hoje em dia e traz resultados mais precisos.
*Foto: Depisitphotos