Agosto Dourado incentiva amamentação até os dois anos de idade ou mais, mas de modo exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê, de acordo com o Ministério da Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês. Além disso, ele é a forma de proteção mais econômica e eficiente para reduzir as taxas de mortalidade infantil. E ainda é capaz de reduzir em até 13% os índices de óbitos de crianças menores de cinco anos.
Agosto Dourado
O Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. Sendo assim, a cor dourada está associada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, aproximadamente seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
Aleitamento materno
O aleitamento materno protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Também evita o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.
Segundo o Ministério da Saúde, a amamentação pode ocorrer até os dois anos de idade ou mais. Porém, deve ser de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida, mesmo nas mães que tiveram casos confirmados de Covid-19.
Estratégia para o Agosto Dourado
A estratégia de incentivo à amamentação vem mostrando resultados. Atualmente, os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de seis meses aumentaram de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020. Em compensação, o aleitamento para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período.
De acordo com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Rafael Câmara Parente:
“Passar de um aumento de 4 para 60% é muita coisa. A gente que trabalha com a saúde sabe que um aumento desse tipo em poucos anos é algo que mostra a robustez, a fortaleza das campanhas que vem acontecendo nos últimos anos.”
Campanha Nacional
Há 40 anos, o Brasil realiza campanhas de apoio ao aleitamento materno. Mas para incentivar ainda mais, no dia 29 de julho o Ministério da Saúde lançou a campanha “Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”.
O evento acontece todos os anos em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A parte de publicidade da campanha é veiculada em sites e redes sociais. Segundo o secretário:
“Nós estamos lançando essa campanha, todas as peças serão divulgadas do dia 30 julho a 15 de agosto. E a gente pede que a sociedade civil organizada também divulgue isso, porque todos juntos, a gente consegue passar a mensagem de forma mais efetiva.”
Campanha
Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no Brasil.
Atualmente, o país possui 301 Hospitais Amigos da Criança que promovem 10 passos para o sucesso do aleitamento materno. Por ano, são repassados R$ 18,2 milhões às unidades.
Bancos de Leite Humano
Em contrapartida, o país conta com 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta. Só ano passado, em torno de 181 mil mulheres doaram mais de 226 mil litros de leite materno. Em 2021, até junho, foram doados 111,4 mil litros.
Ainda em 2020, o Ministério da Saúde investiu R$ 16,9 milhões, em caráter excepcional, na proteção e apoio ao aleitamento materno e na alimentação complementar adequada a crianças menores de dois anos na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), da Atenção Primária à Saúde.
*Foto: Divulgação