O uso do ácido fólico, segundo estudo feito com 650 mulheres do Reino Unido, revelou que a maioria delas não segue a recomendação das associações médicas, que orientam tomar doses diárias pelo menos um mês antes de engravidar
A maioria das mulheres não toma ácido fólico antes de engravidar. Foi isso o que revelou uma pesquisa publicada na revista científica BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynecology. Feito com 652.880 mulheres no Reino Unido, o estudo analisou quais cuidados com a saúde as tentantes mantinham na fase pré-gestacional.
Uso do ácido fólico
O estudo sobre o ácido fólico mostrou resultados de que quase 73% das participantes não tomaram os suplementos um mês antes de engravidar. Essa é uma recomendação de associações médicas tanto do Reino Unido quanto do Brasil, para evitar má formações no tubo neural dos bebês (saiba mais abaixo).
Além disso, mulheres jovens e de minorias étnicas eram menos propensas a tomar a vitamina.
“A prevalência de todas as medidas indicadoras foi maior entre as mulheres que vivem nas áreas mais carentes do que nas menos carentes.”
Por que é tão importante tomar ácido fólico antes de engravidar?
Em um trecho do estudo diz que quando a mulher planeja engravidar e resolve marcar uma consulta com seu médico, uma das primeiras recomendações que receberá dele é que deve começar o quanto antes a tomar o suplemento de ácido fólico. Essa recomendação não é por acaso!
Isso porque inúmeros estudos mostram que essa vitamina do complexo B é essencial para a formação do tubo neural do bebê, que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Esse processo de formação costuma terminar por volta do 28º dia de gestação, quando muitas mulheres ainda nem desconfiam que estão grávidas. Daí a importância da suplementação de ácido fólico desde antes de engravidar.
Recomendação da Febrasgo
Por outro lado, a recomendação da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) é de que todas as mulheres tomem 400 mcg por dia ao menos um mês antes de começar as tentativas de engravidar. Essa rotina deve continuar até terminar o primeiro trimestre da gestação.
Por fim, para o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, embora o nutriente seja encontrado em alimentos como carnes, verduras com folhas verde-escuras (espinafre, aspargo e brócolis), leguminosas (ervilhas, feijão e lentilha) e grãos integrais, é difícil quantificar o consumo diário. Portanto, a suplementação acaba sendo indicada.
*Foto: Depositpohotos