O burnout materno pode ser revertido com pequenos, porém, importantes ajustes na rotina da mãe, além de um acompanhamento perinatal
Muitas mães podem não saber, mas o fato é que existe o burnout materno e essa doença precisa ganhar mais espaço de conversa. Neste artigo, você entenderá melhor como ela ocorre, seus sintomas e como pode lidar com a situação.
O que é burnout materno?
Segundo a psicóloga perinatal Carina Souza, em declaração à revista Crescer, os sintomas do burnout materno começam no campo emocional. Ele é reconhecido pelas seguintes demonstrações: exaustão, alterações repentinas de humor, sentimento de derrota e insegurança, irritabilidade. Além disso, pode atingir também aspectos físicos, como: dores de cabeça e estômago, dores musculares, lapsos de memória e dificuldades de concentração. Ela explica:
“Chamamos esse mecanismo de psicossomatização, quando as questões do emocional e do psicológico são expressadas pelo corpo. Além da psicossomatização, o Burnout Materno não tratado pode evoluir para uma depressão profunda ou para um estado psicótico. E aí, neste caso, pode até haver a necessidade de internação.”
Reversão
Entretanto, a maior parte dos casos de burnout materno tem reversão a partir de pequenos, porém, importantes ajustes na rotina, além de um acompanhamento de um psicólogo perinatal.
A seguir, Carina Souza, autora do guia “Sombra e Luz na Maternidade”, passará 6 dicas de como lidar com a doença.
Rede de apoio para o burnout materno
É importante manter a própria rede de apoio. Com isso, familiares e amigos podem auxiliar com algumas tarefas domésticas, por exemplo. E verificar ainda como evolui o caso.
Assuma suas imperfeições
Outra questão crucial é acolher suas imperfeições. Ou seja, tenha em mente que seus filhos não precisam ter uma mãe perfeita. Mas sim, uma mãe possível, que faça o seu melhor dentro de suas limitações.
Priorize atividades
Aqui, priorizar as atividades diz respeito à aceitar que não é necessário dar conta de tudo o tempo todo de modo impecável.
Organize sua rotina
Tentar organizar uma rotina possível de desempenhar. Portanto, ela não precisa ser perfeita. Sendo assim, a busca exaustiva pela perfeição pode ter o efeito contrário, e desencadear ainda mais exaustão.
Não há padrões ideais
Tire da cabeça que possam existir padrões “ideais” de vida e de maternidade! Cada mulher e cada família agem de formas diferentes.
Autocuidado para reduzir o burnout materno
Por fim, tire um tempo para cuidar de si mesma! Reserve, nem que seja uma horinha do seu dia, ou pelo menos por semana, para fazer algo por você. Vale qualquer coisa: praticar atividade física, fazer um café e curtir a bebida na sua própria companhia, ler um livro. Ou seja, simplesmente qualquer coisa que lhe dê prazer.
E claro, ao identificar os sintomas do burnout materno, busque ajuda especializada.
*Foto: Divulgação/Depositphotos