Ansiedade na gravidez, segundo estudo, é gerada pela redução das redes de apoio e a vida social menos ativa
Um recente levantamento, intitulado Estudo Materna: o que pensam e querem as mães, revela que a ansiedade pode ocorrer no período de gestação, o que acarreta em dados alarmantes.
Ansiedade na gravidez
O estudo sobre ansiedade na gravidez foi realizado em dezembro do ano passado pela Mind Miners. Sendo assim, a plataforma voltada a Consumer Insights, constatou que 89,6% das gestantes se sentem ansiosas. Desse índice, a maioria (54,3%) lida com a ansiedade diariamente. Por sua vez, a culpa aflige 33,72% delas.
Falta de rede de apoio e vida social
Todavia, um fato que contribui bastante para o levantamento é a redução das redes de apoio e a vida social menos ativa das mães contemporâneas. Sendo assim, muitas gestantes enfrentam a jornada da maternidade de modo isolado, o que pode intensificar sentimentos de ansiedade e insegurança.
Mães de primeira viagem
Além disso, a situação se agrava para as mães de primeira viagem e também para aquelas já com filhos, mas que, de repente, a diferença de idade seja grande, ou seja, ter a eperiência do cuidar tudo de novo.
Atualmente, quase 41,67% das gestantes de primeira viagem ficam ansiosas. E tal índice cai para 40% entre as mulheres que estão passando novamente pela experiência da gravidez. E 57,14% entre aquelas que já têm dois filhos e estão grávidas do terceiro. Sendo assim, o estudo revela que a experiência não necessariamente diminui a ansiedade, ao contrário, pode até intensificá-la em alguns casos.
Ansiedade no Brasil
Hoje, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo, com aproximadamente 18,6 milhões de pessoas sofrendo de transtornos de ansiedade, o que representa 9,3% da população. Em seguida, aparece o Paraguai com uma taxa de 7,6%, e em terceiro vem a Noruega, com 7,4%. As informações são do Google Trends, que aponta que os brasileiros são os que mais pesquisam o termo “ansiedade” na internet.
De acordo com a enfermeira do SUS, Nathalia Belletato, é preciso ter mais políticas de saúde que abordem o bem-estar emocional das gestantes, além de métodos de redução de estresse, como técnicas de relaxamento e atividades físicas adequadas.
Dicas para reduzir a ansiedade
Portanto, é de extrema importância adotar as seguintes medidas para diminuir a ansiedade nas gestantes e na população em geral. Veja abaixo algumas delas:
Exercícios de relaxamento
Praticar técnicas de respiração, meditação e yoga pode auxiliar a acalmar a mente e diminuir os níveis de estresse.
Rede de apoio
A família deve servir como base à grávida neste momento tão delicado, assim como e amigos. Além disso, os grupos de gestantes podem ser um importante espaço de fala e escuta, com trocas de experiências valiosas, aliviando aquela impressão de isolamento.
Atividade física
Fazer caminhadas leves pode liberar endorfina, o hormônio que dá sensação de bem-estar, e ajuda a aliviar a ansiedade.
Alimentação saudável
Manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é importante para o humor e elevar os níveis de energia.
Profissional de saúde mental
Procurar ajuda de um especialista, como um psicólogo ou psiquiatra é fundamental para receber orientação e tratamento adequados.
Limitar o consumo de noticiários
Ver menos televisão, assim como não ficar o tempo todo no celular e nas redes sociais é uma prática recomendada.
Planejamento e organização
Criar o hábito de organizar o dia a dia e planejar as tarefas pode gerar uma sensação de controle e diminuir a ansiedade.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-gravida-sentada-com-dose-media_17743316.htm#fromView=search&page=1&position=25&uuid=64808404-0e57-481d-864d-e00b75f6afe7