Acretismo placentário é uma condição que requer bastante atenção, uma vez que pode levar a complicações no pós-parto
Nem todo mundo sabe o que é acretismo placentário, pois de fato é pouco comentado. Mas trata-se de uma complicação da gravidez caracterizada pela aderência anormal da placenta à parede uterina. Sendo assim, a condição requer cuidado, pois pode provocar complicações no pós-parto, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Acretismo placentário
Em situações normais de gravidez, a placenta se desprende facilmente do útero após o parto. No entanto, no acretismo placentário, ela permanece firmemente ligada. De acordo com a Dra. Fabiana Ruas, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco: “Um dos principais riscos é a hemorragia pós-parto. A dificuldade de separação da placenta aumenta a probabilidade de sangramento grave”.
Já em relação ao bebê, o quadro pode ocasionar prematuridade, baixo peso ao nascer, além da necessidade de cuidados intensivos. Isso porque o risco é maior para quem já fez uma cesárea anteriormente, por exemplo. E neste caso, a taxa da complicação tem aumentado nos últimos anos, juntamente com a incidência desse tipo de parto.
A seguir, confira quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são os cuidados relacionados ao acretismo placentário.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da aderência anormal da placenta à parede uterina podem variar. Em alguns casos, a condição pode ser assintomática. Todavia, é importante estar atento a sinais como hemorragia vaginal anormal e dor persistente na região uterina.
Já o diagnóstico, ou a detecção desta condição, costuma acontecer por meio de anomalias visualizadas em exames de ultrassonografia, onde a placenta pode aparecer mais próxima ou invadir a parede uterina. Por isso, é fundamental realizar o pré-natal corretamente.
“O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado são cruciais para identificar e gerenciar essa condição” destaca a especialista do São Luiz Anália Franco.
Dicas para uma gestação segura
Por fim, ao seguir estas medidas, a gestação pode ocorrer de uma forma mais segura para a mãe e para o bebê.
Conscientização sobre fatores de risco: Mulheres que tiveram cesarianas anteriores ou outras cirurgias uterinas têm um risco aumentado. Portanto, comunique o quanto antes esses históricos ao seu médico.
Equipe multidisciplinar: Uma equipe médica bem treinada, incluindo obstetras, anestesistas e cirurgiões, é essencial para lidar com casos de acretismo placentário.
Acompanhamento pré-natal rigoroso: A detecção precoce é fundamental. Realize todos os exames de pré-natal recomendados, incluindo ultrassonografias especializadas.
Planejamento para emergências: Em casos de alto risco, discuta antecipadamente com a equipe médica sobre estratégias de parto e possíveis intervenções de emergência.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-gravida-que-toca-em-sua-barriga_937079.htm#query=gravidez&position=0&from_view=search&track=sph&uuid=0c767006-38eb-4e9f-b09c-93b6e0ddecb1